Monday, January 09, 2006

Raiz di Polon - Dança di Alma Criolo



Companhia Raiz di Polon

Raiz di Polon foi fundado em 1991 em Cabo Verde, como um dos muitos grupos de dança cabo-verdianos que existem nas várias ilhas do arquipélago. É, actualmente, o grupo mais marcante na dança contemporânea cabo-verdiana.
Em 1994 entraram em contacto com a dança contemporânea europeia, através do projecto e espectáculo Dançar Cabo Verde, de Clara Andermatt e Paulo Ribeiro, e ficaram fascinados. Alguns dos bailarinos da companhia continuaram a dançar nas peças ‘cabo-verdianas’ de Clara Andermatt, e Raiz di Polon começou a organizar workshops e aulas de dança em Cabo Verde, no âmbito do projecto dançar o que é nosso.
A partir daí, os membros da companhia embarcaram por um caminho difícil, mas extremamente cativante, na procura de novos rumos para a dança cabo-verdiana.
Em 1997, Raiz di Polon criou a sua primeira peça de dança contemporânea, “Até ao fim”, que foi apresentada em Cabo Verde e Portugal.
Depois criaram “Pêtu”, da autoria de Mano Preto, por encomenda do festival danças na didade 99, tendo estreado em Lisboa em Novembro 1999. “CV Matrix 25”, também de Mano Preto, foi a seguinte criação, e em 2001 “Konquista”, ambas com estreias no Centro Cultural de Belém – Lisboa. Em 2002, e a convite de Danças na Cidade, Raiz di Polon cria “Duas sem Três” da autoria de Mário Lúcio e com coreografia de Bety Fernandes e Rosy Timas. Em 2003 Raiz di Polon cria “Ruínas”. Actualmente, Mano Preto trabalha na criação da peça “Dom Quixote das Ilhas”.
Raiz di Polon apresentou até agora os seus trabalhos em várias cidades portuguesas, em Cabo Verde, Alemanha, Bélgica, Holanda, País de Gales, Suíça, Croácia, Madagáscar, Roménia, Brasil, Cuba, Senegal, Mali, Inglaterra, Estados Unidos, Djibuti, Etiópia, Uganda, Moçambique, Zâmbia, Malaui, Zimbabué, Namíbia, Suazilândia, África do Sul, Maurício, Comoros, Ruanda, Burundi, Eritréa, Quénia e Níger. A companhia participou duas vezes nos Rencontres Chorégraphiques de l’Afrique et de l’Océan Indien em Madagáscar, onde, na ediução de 2003, o grupo foi destinguido com o prémio especial do júri para a peça DUAS SEM TRÊS. Em Dezembro de 2005, a companhia foi galardoada com a Medalha de Prata na categoria de dança nos Vos Jogos da Francofonia, no Níger.

Desde 1998 Raiz di Polon desenvolve um trabalho pioneiro de promoção de dança contemporânea, sendo parceiro de Danças na Cidade no projecto Dançar o que é Nosso – cooperação entre África, América Latina e Europa ao nível da dança. Acolheram até ao momento nove Residências de Formação na Praia e no Mindelo.

Fazem Parte da companhia Raiz di Polon
MANO PRETO Director Artístico/Coreógrafo
MÁRIO LÚCIO Director Musical/Compositor
CARLOS OLIVEIRA Intérprete
BETY FERNADES Intérprete
LUÍS DA ROSA Intérprete
ROSY TIMAS Intérprete
DJEMILSON BARRETO Bailarino estagiário
JEFF HESSNEY Produção Executiva





A Imprensa escreveu sobre Raiz di Polon


(...) Ruínas de que tempo, de que espaço, de que criatura?
(...) cinco bailarinos, ou melhor 5 corpos em palco celebraram ruínas humano com beleza e muita música, interpretado por dois músicos de peso: Mário Lúcio e Sara Tavares.
(...) A última criação apresenta fragmentos de história onde ruínas se apresenta sob diversas formas: Um cântico triste,, a desconstrução e um acto de amor tresloucado.
(...) A última produção do grupo de dança Raiz di Polon de Santiago encerrou com chave de ouro, o Festival Internacional de Teatro – Mindelact.
Matilde Dias, Programa Kultura – RTC Outubro de 2003


(…)Enviada das ilhas de Cabo Verde, uma chuva quente e enérgica inundou o palco do Kampnagel. Chuva, no entanto, que faz falta no país desértico onde os habitantes esperam há mais de quinze anos por ela. Ao que parece, decidiram investir as suas saudades da vida que chega com a chuva na sua música e na dança. Numa dança orgulhosa, mas também frívola e sensual, recheada de canções e cânticos que se enfiam nos seus ritmos.
A companhia Raiz di Polon e o seu coreógrafo Manu Preto ofereceram com a sua maravilhosa poema dançada e cantada “CV Matrix 25” a abertura ideal para o festival PolyZentral. (…)
Marga Wolff
Die Tageszeitung – Hamburg, 1 de Março 2003



“Raiz de Polon (Cabo Verde) apresentou "Duas Sem Três". Inspirado num texto de Mário Lúcio Souza, o espetáculo utiliza canto, palavra e corpo para falar da vida dura de todo dia. Em cena, baldes, vassouras e galhos, trabalhados com iluminação rica. De uma fala sobre musas, cujos nomes "ninguém nunca lembrou", a dança avança até a grande cena de duas intérpretes - criadoras (Bety Fernandes e Rosy Timas) enrolando-se num gigantesco véu e repetindo interminavelmente "comigo não casaram". Dureza e pureza.”
Folha de S. Paulo (on-line) 26/08/2003

“Atenção para uma nova geração de talentosos(…). O grupo Raiz di Polon ficou em terceiro lugar. O trabalho desenvolvido no campo da dança, o desempenho e a apresentação em vários certames internacionais são algumas das razões que justificam a escolha de “A Semana”, elegendo o grupo de mano Preto como um dos destaques de 2001, no campo da cultura”.
A Semana (cabo Verde) – 28 Dez. 2001

“(…)E a abertura para a programação foi com chave de ouro. A companhia Raiz di Polon, de Cabo Verde, apresentou “Pêtu”, um espectáculo de dança, mas não só. Os Africanos são conhecidos pelo seu ritmo inato (…)o certo é que eles procuram em tudo as suas raízes mais profundas. Não menos certo foi que depressa se aperceberam que tinham que abrir estes ritmos e tradições ao que vinha de fora. è por isso que as danças africanas de hoje vão mais além e alargam-se a outros ritmos e movimentos contemporâneos. ”Pêtu” é um excelente exemplo disso.”
Reconquista (Portugal) – 31 Ago. 2001

“ O nome dos Cabo - verdianos Raiz di Polon já não é desconhecido em Portugal. (…)mostraram-se em dezembro passado no Centro Cultural de Belém. É no mesmo palco que esta semana se estreia Konquista(…)Uma obra de auto – conhecimento do ser Cabo – Verdeano, da sua história e da sua personalidade.”
Visão (Portugal) – 21 Jun. 2001

“CV Matrix 25 (…) na linha da nova dança de África, não recorre apenas à história, mas também às lindíssimas músicas do povo Cabo - verdiano. Tocam instrumentos tradicionais como o pilon (…), ferrinhos, buzios(…), o inevitável duo de guitarra e cavaquinho”
Soberania do Povo (Portugal) – 06 Jul. 2001

“A companhia Raiz di Polon de Cabo Verde (…) em “Pêtu” vem responder a uma arrogância mundial que tende mais a universalizar do que a uniformizar”
L’Express de Madagáscar (Madagáscar) – 8 Nov. 2001


“Contam-se velhas histórias tendo por base a simbiose entre as danças e os ritmos tradicionais com linguagens contemporâneas ocidentais. Os mesmos figurinos exóticos e os ritmos de êxtase revestem um novo vocabulário da dança que veio buscar influências ao ocidente. «CV Matrix 25» é fruto deste novo conceito.
Diário Económico (Portugal), 5 Dez. 2000

(...)
Mas o que mais interessa neste momento é esse desenho do corpo que respira uma vitalidade musical, que se faz dramático na apropriação de comportamentos físicos que podem assumir uma aparente expressão abstracta mas que se fundem na música proveniente dos mais diversos instrumentos tradicionais cabo-verdianos ou das mais variadas soluções rítmicas, retiradas do bater das mãos no próprio corpo ou dos pés e mãos a bater no chão. “CV Matrix 25” vive destas cores.
(...)
NET Parque, Lisboa, Dez. 2000


“Longe dos estereótipos das danças tradicionais e rituais, os três espectáculos agendados (dois “Pêtu” e “CV Matrix 25” pela companhia cabo-verdiana Raiz di Polon (...) demonstram como os bailarinos e coreógrafos dos novos estados africanos começaram a procurar alargar o seu vocabulário.
Jornal de Notícias (Portugal) 2 Dez. 2000

“Da companhia de Mano Preto, Raiz di Polon, vimos dois espectáculos: o já conhecido “Pêtu” e o novíssimo “ CV Matrix 25”, sagas do povo cabo-verdiano. A importância da música não é de se negligenciar, na dança de Preto, pois é ela que, dos primórdios, define o espírito e a história das personagens, interpretadas por bailarinos que são também actores, músicos, cantores, declamadores, intérpretes. As fabulosas composições de Orlando Pantera (a par de recolha de tradicionais) integram-nos numa esfera muito própria e vibrante(...)”
Blitz (Portugal), 12 Dez. 2000

“Nos dias sete e oito, o coreógrafo Mano Preto apresenta, em estreia absoluta, “CV Matrix 25”, uma peça que conta a história de um povo – o cabo-verdiano -, mergulhando em tradições como a tabanka (uma festa de homenagem a Santo António e São João) e o “Pau e Corda” (uma guitarra, uma viola e um violino que se associavam para deitar a despedida a quem deixava a ilha Brava tendo outro país por destino). “
Público (Portugal), 2 Dez. 2000

“Se não conhece nem ouviu falar de Raiz di Polon é porque não deve interessar-se muito pela dança que se faz em Cabo Verde”. Mano Preto é um nome de proa da dança cabo-verdiana, com créditos lá fora, sobretudo em Portugal, onde, em várias ocasiões, tem subido ao palco para exibir os seus dotes de dançarino”.
Jornal Horizonte (Cabo Verde) – 23 Nov. 2000

“O trabalho doméstico… ganha vida suave e ambiguamente nas lindas mãos de Bety Fernandes e Rosy Timas”.
Evening Standard (Londres), 11 Nov, 2004

“O movimento vai crescendo em várias direções rumo ao lúdico e o sensual, o descontraído e o frenético, dando à obra uma variedade tonal que convence e provoca ao mesmo tempo.”
The Stage (Londres), Nov. 2004

“Rápida e eficaz, ‘Duas Sem Três’ vai ao essencial. [...] Um sopro de ar quente vindo de longe.”
L’Express (Maurício), Março 2005


“O talento da companhia é imenso. Eles emitiam um surto frenético de energia e a capacidade inbatível da dança de falar directamente aos medos e às esperanças do público. [...] Vem do impulso humano e permanece próximo a ele, sem se entregar à tentaçõa fácil porém altamente destrutiva da narrativa linear.”
The East African (Nairobi), Março 2005
Biografia do Director Artístico da Associação Cultural “Raiz di Polon”

Biografia (Mano Preto)


Mano Preto (José Emanuel do R. G. Brandão), 36 anos. Coreógrafo, Intérprete, Cenógrafo, Actor e Produtor. Co-fundador do “Raiz di Polon”, cria a sua própria linguagem na dança cabo-verdiana. Como habilitações literárias possui o 11º ano de escolaridade, com distinção, no ano de 1988. Fala e escreve fluentemente português, inglês e crioulo de Cabo Verde. Tem estudado dança com nomes sonantes da dança mundial, tais como Nancy Stark Smith, David Roussève, Clara Andermatt, Paulo Ribeiro, Diane Torr, Amélia Bentes, Mónica Lapa, Christian Duarte, Raiz di Polon, entre outros. Tem apresentado os seus trabalhos nos Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Portugal, Roménia, Madagáscar, Dinamarca, Croácia, Brasil, Cuba, Senegal, País de Gales, e Cabo Verde.

Das suas criações na DANÇA destaca :
“Meeting with our dance”, com participação de bailarinos e músicos profissionais dos Estados Unidos e Japão (Bates Dance Festival, Agosto de 2001).
§ “CV Matrix 25” (estreado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa no ano 2000) em parceria com “Raiz di Polon”.
co/autor e intérprete da obra “Konquista / Adon Ku Eva di Santiago”(estreado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, Junho de 2001), também de Raiz di Polon.
§ “Pêtu” (estreado no Teatro Taborda em Lisboa) em 1999.
§ Coreografou a peça “Até ao fim...” (estreado no Teatro Trindade, em Lisboa em 1997), em parceria com Zezinho Semedo e “Raiz di Polon”.
§ Fez concepção da cenografia das peças “Pêtu” e “CV Matrix 25”, de Raiz di Polon.
§ Em Abril de 2002 fez a coreografia para a opereta “Bulimundo – Uma História de Amor” (de Teté Alhinho), estreado no Fesquintal de Jazz, Cidade Velha, Ilha de Santiago – Cabo Verde.
§ Em Junho de 2001 foi convidado pela organização de Roterdão Capital Europeia da Cultura para ministrar um workshop de dança à crianças cabo-verdianas e holandesas, em Roterdão, durante 1 mês.
Como intérprete de dança destaca as seguintes participações:
Em Janeiro de 2003 participa como intérprete na ópera de rua “crioulo”, de António Tavares e Vasco Martins, no âmbito das comemorações do 30º aniversário do assassinato de Amílcar Cabral - Cidade de Praia, Cabo Verde.
Em Novembro de 2002 participa como intérprete na ópera de rua “crioulo”, de António Tavares e Vasco Martins, no âmbito de Mindelo Capital da Cultura da UCCLA – Cidade do Mindelo, Cabo Verde.
§ Intérprete na obra “Dançar Cabo Verde” de Clara Andermatt e Paulo Ribeiro (estreado no Coliseu dos Recreios, em Lisboa em Abril de 94 – peça destinguida com o Prémio ACARTE).
Das participações em filmes e vídeos destaca:
§ Papel do personagem Chiquinho na Longa Metragem “Ilhéu de Contenda”, de Leão Lopes, Ilha do Fogo, Cabo Verde Junho/Agosto de 1993.
§ intérprete no vídeo “Love Serie Ritual de Amor e Morte”, da coreógrafa portuguesa Aldara Bizarro, Lisboa ano de 1998.
Actor principal no Vídeo “Bem Sai Li”, de Giordánio Custódio, Praia, Cabo Verde, ano de 1995. Vídeo sobre a problemática da doença da côlera.
Tem feito direcção coreográfica e participado como intérprete em vários video-clips em Cabo Verde, com destaque para “Finka Pé no Siridja”, de Djénio Semedo, “mininu di pobri”, de Keyta, “un homi mas un”, de Boy Gé Mendes, “santo antão” de Zezé de Nha Reinalda e “ka tem gigante” de Djudja.

A nível da produção, destaca:
Produção, coreografia e direcção de palco do espectáculo “Tra-disons”, de Mário Lúcio Sousa, por ocasião do encerramento das actividades de Coimbra Capital Nacional da Cultura – Portugal, Dezembro de 2003,
Produção executiva e direcção de palco do lançamento do CD “Tra-dicional”, do agrupamento musical “Simentera”, Auditório Nacional, Praia Janeiro de 2003.
Produção executiva e direcção de palco do espectáculo “Cabo Verde” de Mário Lúcio Sousa, por ocasião da tomada de posse do comandante Pedro Pires como presidente de Cabo Verde, Assembleia Nacional, Abril de 2001.
Produção executiva e direcção de Palco do espectáculo “Cabo Verde” de Mário Lúcio Sousa, por ocasião da Inauguração do Auditório Jorge Barbosa, em Janeiro de 2002.
Produção Executiva e Direcção de Palco de vários espectáculos no âmbito da “Semana da Cultura do Senegal” em Cabo Verde, com participação da Orquestra Nacional do Senegal e vários outros grupos e estilistas desse país, Praia, Assomada e Tarrafal – Cabo Verde, Agosto 2002.
Produção executiva, elaboração do programa e selecção dos grupos durante as actividades da “semana da cultura” por ocasião das comemorações do 25ª aniversário da Independência de Cabo Verde, Praia, Julho de 2000.
§ Fez direcção de produção do projecto “Uma História da Dúvida”, de Clara Andermatt (Lisboa e Cabo Verde, Junho de 97 a Agosto de 99), co mespect+aculos realizados em Alemanha, Holanda, Brasil, Itália e Estados Unidos da América.


Outras actividades:
Funcionário da então Direcção Geral de Estatística de 1992 a 1997, nas áreas de Demografia e Informática.
Participação em vários formações e workshops na área da informática em Togo, Guiné Bissau, Cabo Verde e Portugal.
Elaboração de vários programas informáticos para tratamento de dados estatísticos, no período de 1992 a 1997.
Professor de informática, de 1992 a 1997.


0 Comments:

Post a Comment

<< Home